De janeiro a setembro, os lucros cresceram 93,1% face ao período homólogo, para 0,017 euros por ação. Um valor em linha com o que esperávamos e que confirma a melhoria da rentabilidade das atividades do grupo em Portugal. Em termos consolidados, a margem financeira cresceu 2,9%, com o BCP a conseguir baixar o custo do funding, beneficiando do crescimento dos depósitos à ordem em detrimento dos depósitos a prazo. A atividade, medida pelo produto bancário, progrediu 2,5%.
Decisiva foi a boa evolução dos custos, com os resultados a beneficiarem da forte redução das imparidades para crédito (-26,5%) e outras imparidades e provisões (-44,5%). Muito positiva foi a nova diminuição do crédito mal parado que, contudo, ainda é elevado, com o rácio de NPL a situar-se em 7,4%, uma boa melhoria face aos 9,3% de há um ano e aos 8% de junho de 2018.
Recordamos que o Bank Millennium, o banco polaco detido a 50,1% pelo BCP, acordou comprar o Euro Bank, a filial polaca da Societé Générale, o que permitirá ao BCP reforçar-se num mercado com potencial e irá aportar sinergias de custos que deverão ter impacto positivo nos lucros do grupo a partir de 2020. Mantemos as estimativas de lucros por ação nos 0,024 euros em 2018 e nos 0,029 euros em 2019.
Cotação à data de análise: 0,26 euros