Ao longo dos anos, a empresa chinesa Alibaba transformou-se de um grupo de vendas online (onde pode comprar e vender quase tudo) numa entidade multifacetada em serviços financeiros, logística, media, entretenimento (produção de filmes, plataforma de vídeos online) e cloud computing.
A expansão tem sido sustentada nas atividades mais maduras (e-commerce...) que financiam a diversificação e a aposta nas áreas que crescem mais rapidamente, como a computação na cloud e o entretenimento.
Desde 2008, a estratégia baseada no enriquecimento dos serviços permitiu que o volume de negócios aumentasse mais de 50% ao ano. Contudo, o grupo parece-nos complexo e pouco transparente, o que constitui mais um importante fator de risco.
Para o investidor, há também a questão sobre a sustentabilidade do ritmo de crescimento, tendo o mesmo sido revisto em baixo para o ano fiscal de 2018/2019. A maturidade do mercado chinês de e-commerce (já reconhecida pela administração) exige investimentos em tecnologia para oferecer novos serviços.
Para superar o desafio, o Alibaba poderá contar com a informação que detém sobre os seus clientes. Há ainda outros mercados na Europa ou na Ásia (clientela jovem e adepta das tecnologias) onde pode progredir, mas provavelmente num ritmo mais lento do que conseguiu na China.
Após o recente recuo, a cotação está correta (rácio PER de 22), mas também tem riscos e, na conjuntura atual, os investidores estão a afastar-se deste tipo de empresas. Na melhor das hipóteses, mantenha se aceitar o risco elevado.
Cotação do ADR à data de análise: 156,28 dólares