A empresa petrolífera holandesa aproveitou a recuperação do preço da energia para anunciar um grande projeto de investimento em gás natural liquefeito (GNL) no Canadá, mercado onde é um interveniente importante após a aquisição da British Gaz em 2015. Juntamente com seus parceiros validou um projeto em que investirá 14 mil milhões de dólares (MD) em cerca de 6 anos, o que compara com o investimento anual do grupo de 25 a 30 mil MD. A operação é, portanto, significativa para a petrolífera.
O consórcio responsável pelo projeto, que deverá estar operacional a partir de 2024, construirá uma fábrica de liquefação de gás, um oleoduto e um terminal marítimo para exportar a produção para a Ásia, onde a procura de GNL está em crescimento. O fluxo de caixa gerado anualmente pela Royal Dutch permitirá financiar estes investimentos e a remuneração aos acionistas (dividendos e compra de ações próprias).
Porém, é muito importante que o preço do barril de petróleo permaneça elevado para que o grupo não seja financeiramente afetado. Com uma dívida que ainda é um pouco alta (sem ser excessiva), a Royal Dutch pode ter que vender mais alguns ativos. Para 2018 e 2019, não alteramos as estimativas de lucros por ação de 2,3 e de 2,5 euros, respetivamente. Mantenha.
Cotação à data de análise: 29,28 euros