A IBM publicou resultados trimestrais com sinais contraditórios. Dececionou ao nível do volume de negócios, cujo recuo de 2% contrastou com o aumento nos três trimestres precedentes. A meta de subida de 13% do volume de negócios, que foi fixada nos "imperativos estratégicos", a saber software e serviços relacionados com a cloud, digital, segurança e mobilidade, (geram quase 50% das vendas, contra menos de 25% há 3 anos) não compensou o declínio estrutural das atividades tradicionais.
Ao invés, ao nível da rentabilidade, um ponto de inflexão parece ter sido atingido. A margem bruta não diminuiu no terceiro trimestre, o que sucede pela primeira vez desde há muitos anos e a administração mostra-se positiva a este respeito para o trimestre em curso e para os próximos anos. Isso deverá permitir ao grupo atingir como previsto aumentos anuais esperados entre 5% e 10% do lucro por ação nos próximos anos. No terceiro trimestre e nos primeiros nove meses, o aumento foi de 5% em base comparável e o grupo espera para o ano um aumento no lucro por ação face a 2017.
A ação está a ser negociada a desconto, com um rácio PER abaixo de 12, contra mais de 20 do setor. Mantemos a nossa previsão de lucros por ação de 11,7 dólares em 2018 e 12,4 dólares para 2019.
Cotação à data de análise: 130,55 dólares