De acordo com o comunicado da Sonae, é expectável que a oferta, em inglês Initial Public Offer (IPO), seja uma oferta exclusivamente secundária das ações existentes da Sonae MC (SMC), a sociedade que agrupa a atividade de retalho alimentar do grupo. Ou seja, não deverá haver emissão de novas ações. Isso significa que o encaixe será realizado pela sua casa-mãe, a Sonae, que continuará a estar cotada e apenas irá reduzir a sua participação na SMC mas manterá uma participação maioritária.
O IPO deverá ocorrer durante o quarto trimestre de 2018. Em 2017, a SMC representava 49% do EBITDA do grupo e 67% do volume de negócios. A Sonae irá manter uma posição maioritária na SMC, tendo como objetivo atingir um free-float mínimo de 25%. Esta operação permitirá à Sonae encaixar liquidez adicional que, para além do pagamento do dividendo, poderá permitir ao grupo reduzir o endividamento e financiar o investimento nas restantes áreas de negócio que permanecem na holding.
Decisões que devem ficar em standby até a nova administração, liderada por Cláudia Azevedo, entrar em funções durante o primeiro semestre de 2019. Continuaremos atentos às comunicações sobre esta operação. Para já, mantemos o nosso conselho de compra da Sonae.
A cotação teve forte volatilidade na última semana. Chegou a cotar a 0,97 euros no arranque após a comunicação do IPO mas acabou a semana a recuar. Pode comprar.
Cotação à data de análise: 0,93 euros