Desde o mínimo do ano, em 23 de abril, a cotação da Kimberly-Clark (KC) ganhou 15,7%. Um desempenho honroso que pode ser explicado pelas expectativas positivas para 2019, mas que deve ser visto com cautela, pois os fundamentos permanecem sob pressão. A KC não tem conseguido impulsionar de forma sustentável o volume de negócios (estável em 2017; +1% no primeiro semestre de 2018, a taxas de câmbio constantes), apesar do dinamismo da economia mundial e do desenvolvimento da classe média.
No mercado de bens de consumo corrente, onde é difícil diferenciar-se de outras empresas, a KC enfrenta uma forte concorrência, o que limita a capacidade de elevar os preços de venda e, portanto, a rentabilidade. No entanto, o grupo tentará aumentar alguns preços, tal como fez o concorrente Procter & Gamble. Mas durante quanto tempo será capaz de mantê-los? A este problema acresce o aumento do preço das matérias-primas.
A KC também considera uma saída parcial do mercado europeu, altamente competitivo, para reduzir custos e voltar a centrar-se nas atividades consideradas mais lucrativas. Apesar de tudo, o grupo gera dinheiro suficiente para continuar a aumentar o dividendo. Ao nível atual da cotação, pode manter.
Cotação à data de análise: 112,51 dólares