Coca-Cola
Saindo do seu mercado tradicional dos refrigerantes, a gigante americana vai comprar a britânica Costa Coffee, número 2 mundial das cadeias de cafés (atrás da Starbucks). Até agora ausente do mercado das bebidas quentes, a Coca-Cola está a adquirir uma marca forte, tendo especial potencial de crescimento na Europa e na Ásia (em Portugal, está presente no Algarve e no Porto). Mas a Coca-Cola vai precisar da sua forte capacidade financeira e logística para se impor num mercado ainda muito fragmentado, de modo a justificar o elevado preço pago. No entanto esta aquisição, que se espera esteja concluída no início de 2019, não representa uma ameaça para o equilíbrio financeiro do grupo, nem deve ter grande impacto no lucro por ação, a curto prazo. Estamos moderadamente otimistas relativamente à Coca-Cola, que tem fundamentais de qualidade e um dividendo muito regular.
Sage Group
Surpresa: a Sage vai perder o seu CEO no início de 2019. Está certamente a pagar pelas dificuldades da empresa no início do ano, que levaram a uma forte queda das previsões de lucro. Contudo, o grupo confirma as projeções de um crescimento orgânico do volume de negócios de 7% e uma margem operacional de 27,5%. Algo a verificar quando os resultados forem publicados. Tendo em conta as circunstâncias, mantenha.
Schnitzer Steel
Os resultados do terceiro trimestre saíram um pouco abaixo do esperado. O grupo continua a lucrar com o aumento quer dos volumes quer dos preços de venda. A direção mostra-se contudo mais conservadora nas suas previsões. O lucro por tonelada produzida na sua atividade de reciclagem deve estagnar. Além disso, como já esperávamos, a ação deve continuar condicionada pelas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Este último ponto é importante porque, no limite, a China pode fechar completamente o mercado de exportações de resíduos de ferro dos Estados Unidos, até 2020. O que representaria uma perda de receita importante para a Schnitzer Steel. No entanto, não se chegou ainda a esse ponto e um acordo comercial EUA – China pode fazer baixar o risco. Reduzimos as previsões de lucro por ação para o exercício 2018/19, que já eram baixas. A cotação incorpora esta informação e continua barata. Mas deve permanecer volátil a curto prazo. Pode comprar.
Vodafone
A Vodafone já tem todas as autorizações necessárias para concluir a fusão entre a sua filial indiana e a Idea, dando origem a um gigante local das telecomunicações. Vai igualmente proceder a uma fusão de grandes dimensões na Austrália. Estas consolidações vão reduzir a intensidade da concorrência nestes mercados. Contudo, estas boas notícias não foram surpreendentes e não compensaram o efeito negativo de um relatório de research negativo do Bank of America. Vemos o baixo nível da cotação como uma oportunidade. Compre.