Barclays Bank
O Barclays vê o seu título ganhar cor depois dos investidores voltarem aos títulos do setor financeiro, que tinham sido abandonados nos últimos meses. Mas a situação da sua atividade continua longe de estar resolvida. Os resultados do semestre mostraram novamente as dificuldades do banco para aumentar as receitas. Um ponto positivo: a redução dos custos operacionais e despesas extraordinárias permitiram que os resultados ficassem acima das nossas estimativas. Mantenha.
Engie
A filial belga continua a pesar nos resultados da francesa Engie. O adiamento do reinício de atividade de certas unidades de energia nuclear na Bélgica obriga o grupo a registar novos encargos (250 milhões de euros) no exercício em curso. Este impacto será de -0,1 euros por ação e será parcialmente absorvido pela subida dos preços e, apesar da redução de estimativas dos lucros, o objetivo de 0,75 euros para o dividendo bruto também não está em causa. Tendo em conta o rendimento bruto de 6% do dividendo o título permanece atrativo. Compre.
Rio Tinto
Anunciou aos seus acionistas o lançamento de um programa de recompra de ações por 3,2 mil milhões de dólares inseridos num plano total de 7 mil milhões de dólares (dividendos e resgates). Como já foi anunciado anteriormente, estas operações são financiadas pela venda de ativos no carvão, que ocorreu há alguns meses. A Rio Tinto demonstra assim a disciplina na gestão da sua liquidez. A cotação da ação também foi impulsionada pelo ligeiro aumento dos preços das commodities e pelo apetite dos investidores por títulos mais cíclicos, que tinham sido abandonados nos últimos meses. Mantenha.
Teva Pharma
O horizonte torna-se mais brilhante para a Teva. Depois de ter obtido, em agosto, a aprovação das autoridades de saúde dos EUA para o seu genérico EpiPen (um tratamento de emergência contra reações alérgicas grave), é a vez de dedicar as energias para que o Ajovy, o seu novo tratamento contra a enxaqueca, receba a respetiva autorização de comercialização nos Estados Unidos. Estas ações algum crédito à nova administração que agora quer apostar em novos produtos, num momento em que as vendas do Copaxone (para a esclerose múltipla) colapsam. No entanto, é importante não sobrestimar o impacto deste novo medicamento sobre as vendas. Há um produto concorrente no mercado desde maio (desenvolvido pela Amgen e Novartis) e outro medicamento desenvolvido pela Eli Lilly que é esperado em breve. O horizonte desanuviou, mas o caminho pode ainda ser longo. Mantenha.
Volkswagen
A marca alemã anunciou que os preparativos para o IPO da sua subsidiária fabricante de veículos pesados (Traton) devem ser finalizados até o final do ano. Se as condições do mercado permanecerem favoráveis, a transação poderá ocorrer no primeiro trimestre de 2019. Os trâmites da operação ainda não são conhecidos, mas é provável que a VW venda apenas uma parte do capital da Traton, mantendo-se como acionista principal e maioritário. O fabricante alemão espera não só angariar fundos, mas também uma revalorização do seu negócio automóvel, cujas sinergias com a atividade de camiões pesados são limitadas. Ao separar as duas áreas de negócio, a VW torna-as mais simples e mais transparentes para o investidor. Voltaremos assim que soubermos os detalhes da operação. Mantenha.