A Exxon publicou um lucro por ação de 0,92 dólares no segundo trimestre de 2018. Apesar de estar em linha com as nossas estimativas (reduzidas após um fraco primeiro trimestre) desiludiu os investidores, que esperavam mais dada a alta dos preços do petróleo. Comprar.
A petrolífera sofreu novamente uma queda da produção de hidrocarbonetos (gás e petróleo) devido a desinvestimentos e paragens para manutenção. Em contraste, a maioria dos seus principais concorrentes aumentaram a produção. Na refinação, a queda das margens fora dos Estados Unidos conduziu a um recuo global neste segmento de negócios. O aumento da produção de petróleo de xisto no Texas foi, pelo contrário, uma boa notícia.
A Exxon está claramente numa fase de transição. O plano 2018-2025 visa duplicar os lucros e aumentar substancialmente a produção para um volume diário de 5 milhões de barris, quando no final do semestre era de apenas 3,6 milhões. Enquanto a maior parte das concorrentes planeia investimentos mais modestos, a Exxon vai investir maciçamente em grandes projetos no Brasil e em Moçambique, entre outros. É uma estratégia que comporta alguns riscos, nomeadamente se o preço futuro do ouro negro ficar abaixo do previsto.
A cotação continua a ser penalizada, mas o grupo tem potencial para alcançar muito bons resultados. Compre.