Os bons resultados semestrais permitem que a administração confirme as metas anuais e o dividendo de 0,75 euros para 2018. No curto prazo, o futuro da participação do Estado francês pode pesar sobre a cotação. No longo prazo, a sua saída seria positiva. Comprar.
Os resultados publicados pela Engie no primeiro semestre ficaram em linha com as expectativas. O lucro operacional subiu 1,3% (+6,2% em termos orgânicos). Por seu turno, o volume de negócios foi negativamente afetado pela queda do dólar e do real face ao euro. A administração também confirma que os custos gerados pelo encerramento de centrais na Bélgica serão compensados pelo dinamismo de outras atividades (energias renováveis.)
O plano de transformação para 2016-2018 está a chegar ao fim: foram anunciadas vendas de 16,2 mil milhões de euros (para uma meta inicial de 15), das quais 12,9 foram finalizadas, ao passo que foram investidos 12,7 mil milhões de euros. A Engie anunciou, no final de junho, um acordo para venda dos 69,1% detidos na Glow, uma produtora tailandesa de eletricidade. A operação permitirá ao grupo reduzir mais a dívida e centrar-se em ativos que geram menos CO2. A nível dos custos, o progresso também é notável, com 1,1 mil milhões de cortes já conseguidos até final de junho para uma meta de 1,3 em 2018.
No entanto, a Engie move-se lentamente. O impacto nos resultados será sentido muito gradualmente e desde que se afaste o espetro da energia nuclear na Bélgica. Em fevereiro de 2019, a administração anunciará novos objetivos de longo prazo. Depois de basear o plano de 2016-2018 na sua restruturação, esperam-se agora medidas mais viradas para o crescimento.