Apesar da forte recuperação dos resultados semestrais face ao ano passado, o segundo trimestre ficou um pouco aquém do que esperávamos. O novo presidente executivo já assumiu funções.
No primeiro semestre, os resultados líquidos do BCP cresceram 67,5% mas este ano são divididos por um maior número médio de títulos devido ao aumento de capital realizado em fevereiro do ano passado: o lucro por ação foi de 0,01 euros, que equivale a um crescimento de 64%. Ainda assim, no segundo trimestre, os resultados ficaram ligeiramente aquém do que esperávamos, tendo recuado 24% face ao primeiro trimestre. Com efeito, em igual período, a margem financeira diminuiu 0,6%, penalizada sobretudo pela contração do crédito concedido às empresas.
Pela positiva, as comissões aumentaram 2,7% e os resultados de operações financeiras progrediram 23,6%. Mas do lado dos custos operativos houve um agravamento de 3,5%, com os custos de pessoal a aumentarem 3,6%. Muito positiva foi a redução do crédito mal parado, embora ainda permaneça a um nível elevado (rácio NPL está em 8%) pelo que continuará a ser uma preocupação da administração do BCP que desde finais de julho passou a estar sob os comandos do novo presidente executivo, Miguel Maya, que antes era vice-presidente.
Para este ano mantemos sensivelmente a previsão de lucros por ação de 0,024 euros, que em 2019 deverão crescer para os 0,029 euros por ação.
Cotação à data de análise: 0,25 euros