A publicação de resultados trimestrais recorde permitiram à Apple ultrapassar a barreira de 1 bilião de dólares de capitalização bolsista. Mas ainda não é o momento de realizar mais-valias. Mantenha.
No 3.º trimestre 2017/18 (fecho do exercício a 30 de setembro), o volume de negócios cresceu 17% e o lucro por ação disparou 40%. O principal contribuinte para estes resultados, que superaram as expectativas, é o iPhone (mais de 60% das receitas). As vendas aumentaram 20%, impulsionadas por uma subida de 19% do preço médio de venda, devido ao sucesso dos novos iPhone 8 e X.
A perda de quota de mercado do iPhone, em volume de aparelhos vendidos (perdeu a 2ª posição para a chinesa Huawei) é de importância secundária para a Apple. A marca de Cupertino apodera-se da maior parte dos lucros do setor, graças ao seu posicionamento premium. Uma estratégia vencedora, com uma rentabilidade que mantém a nível elevado, apesar do forte aumento dos preços dos componentes eletrónicos e de investimentos recorde em investigação e desenvolvimento.
Outro motivo de satisfação, o forte crescimento de 33% do volume de negócios dos segmentos Services (App Store, iTunes, etc.) e Other products (Apple TV, Apple Watch, AirPods, etc.), que geram agora 25% do volume de negócios (contra 15%, há 3 anos), diminuindo a dependência da autêntica “vaca leiteira” que é o iPhone.
Além disso, estando financeiramente muito sólida, a empresa já adquiriu mais de 43 mil milhões de dólares de ações próprias desde o início de 2018, um recorde mundial, o que contribui para impulsionar ainda mais a cotação, que já sobe 23% desde o início do ano. Revimos em alta as nossas previsões e esperamos um lucro por ação de 11,9 dólares em 2017/18, e 13,6 dólares em 2018/19.