O regulador espanhol aprovou a vontade do principal acionista de excluir a Abertis de cotação e isentou-o da obrigação de lançar uma OPA.
Como prevíamos, a assembleia geral da Abertis aprovou a sua exclusão de cotação. Foi uma mera formalidade dado que o principal acionista, a filial alemã da ACS (Hochtief) detém 94,7% das ações da concessionária.
O que surpreendeu foi a velocidade com que a CNMV (regulador espanhol) aprovou a exclusão (dia seguinte à assembleia geral) e, sobretudo, que seja aprovada sem a obrigação de lançamento de uma OPA, a qual exigiria uma avaliação mais justa e independente do que aquela que foi feita pela parte interessada e que podia gerar um preço ligeiramente superior aos 18,36 euros por ação pagos na OPA anterior.
A 27 de julho, a CNMV, afirmando que a transação cumpriu todos os requisitos legais, deu a bênção à operação e suspendeu a negociação da Abertis como um prelúdio para a sua exclusão.
Se não vendeu as ações, como aconselhámos, e ainda detém parte das 20,5 milhões de ações que estão nas mãos de pequenos acionistas, tem um problema: não consegue vender e terá que suportar os custos que o banco/corretora cobra pela custódia até a exclusão definitiva de ação, processo que, normalmente, dura vários meses.
Contactámos a Abertis sobre o que podem fazer os acionistas que ainda têm ações, ao que nos responderam para entrar em contacto individualmente com a empresa. Se tiver ações da concessionária e quiser vendê-las, entre em contacto através do telefone (+34) 902 301 015 ou do e-mail relaciones.inversores@abertis.com
Dado o atual cenário, deixaremos de acompanhar o título.