O banco suíço parece estar no bom caminho depois de um início de ano difícil. Contudo, pensamos que devem ser anunciadas mais novidades para melhorar o seu potencial de crescimento.
Bom segundo trimestre para o UBS, que teve um aumento de 9% dos lucros, acima do esperado. O anúncio tranquilizou os investidores que andam receosos com a saúde da banca europeia. O lucro da atividade de gestão de fortunas aumentou 7%, graças a uma boa subida das receitas.
Já a saída de caixa de 1,2 mil milhões de francos suíços (CHF) deveu-se, segundo a administração, a fatores não recorrentes nos Estados Unidos. Contudo, é uma situação a acompanhar, até porque os investidores mostram-se cautelosos com a conjuntura atual (ameaça de guerra comercial, tensões geopolíticas, Brexit...).
Outro fator menos positivo foi a angariação de fundos na Ásia, de apenas mais 2,2 mil milhões. Os resultados da volátil banca de investimento subiram muito (+44%) e a rentabilidade total dos fundos próprios do grupo aumentou para 11,6%, contra 10,3% no ano passado.
Com base nestes resultados, subimos as estimativas de lucros por ação de 1,25 para 1,38 CHF em 2018 e de 1,33 para 1,46 CHF em 2019 e mantemos o conselho de compra.
Porém, o UBS terá de ser mais pró-ativo para dinamizar o seu crescimento futuro e revigorar a cotação. A sua posição de líder mundial na gestão de fortunas não é suficiente para crescer e são precisas novas medidas sobre os custos e receitas do grupo, até porque a concorrência é elevada.