Intel: comprar Texas Instruments: manter
O presidente americano pretendia proibir as empresas detidas em mais de 25% por capitais chineses de comprar empresas americanas no setor tecnológico e aumentar o controlo das exportações de tecnologia para a China. A reação negativa das bolsas levou a moderar (ligeiramente) a sua posição. Vai recorrer sobretudo aos mecanismos de controlo do investimento estrangeiro que já existem.
As medidas protecionistas podem ter um impacto significativo no setor dos semicondutores. De facto, a China quer basear o seu crescimento futuro em setores de elevado conteúdo tecnológico, como a biotecnologia, a inteligência artificial ou os robots (plano “Made in China 2025”). Nos semicondutores as americanas Qualcomm e Broadcom realizam, respetivamente, 65% e 54% do volume de negócios na China. O peso é inferior para a Intel e Texas Instruments (24% e 28% do volume de negócios. Uma resposta possível para as empresas afetadas é relocalizar a produção dos Estados Unidos para países que não estejam preocupados com eventuais medidas protecionistas americanas e retaliações chinesas.
Mais a longo prazo, o protecionismo americano pode levar os chineses a aumentar os esforços para desenvolver a sua própria produção, em detrimento dos atores já estabelecidos.