A National Grid prossegue um crescimento prudente, com progressão regular dos resultados. Consideramos que está subavaliada e o seu dividendo elevado é um atrativo.
No seu ultimo relatório sobre o futuro da energia, a gestora da rede elétrica britânica estima que o número de veículos elétricos no Reino Unido pode aumentar para 11 milhões de unidades até 2030 e 36 milhões até 2040. Em consequência, devido ao carregamento das baterias, o consumo de eletricidade vai aumentar, o que pode implicar um aumento de 5 a 8 gigawatts nas horas de pico de consumo, ou seja, um aumento de 9 a 14% face aos valores atuais (57 GW em 2017).
É um cenário que abre boas perspetivas de desenvolvimento a atores como a National Grid. O grupo continua portanto a investir na modernização da sua rede, investimentos cuja rentabilidade está assegurada devido à subida das tarifas reguladas. Os custos de financiamento permanecem controlados, portanto os resultados líquidos têm crescido com regularidade, e a empresa pode distribuir um dividendo bastante atrativo.
Um possível risco é que o regulador do setor (Ofgem) endureça o quadro regulamentar aplicável, mas acreditamos que este risco está controlado e é relativamente baixo. Em consequência, mantemos as previsões de lucro por ação em 61 pence para o exercício de 2018/19, e 64 pence para 2019/20. Recomendamos a compra.