As empresas adquiridas no último ano foram responsáveis pela maior parte do crescimento, num primeiro trimestre sem grandes surpresas, também marcado pela depreciação do dólar face ao euro. Manter.
As receitas da Corticeira Amorim cresceram 8% no 1.º trimestre do ano, por comparação com o mesmo período de 2017, impulsionadas pelas aquisições – a última foi a Elfverson, consolidada nas contas desde o início do ano. O trimestre foi marcado, negativamente, pela depreciação do dólar face ao euro (18% das vendas são realizadas nos Estados Unidos).
Excluindo estes fatores, o crescimento orgânico das vendas foi de 1,7%, em euros. A unidade Rolhas continua a ser a locomotiva da empresa, com um crescimento de 14% das vendas (crescimento orgânico das vendas, em euros: 2,8%).Quanto às outras unidades de negócio, registaram-se quedas das vendas, sobretudo devido ao fator cambial.
A empresa conseguiu aumentar a sua eficiência operacional: os custos foram reduzidos em 7,3%, ainda que ajudados por um nível de imparidades abaixo do esperado e utilização de matéria-prima adquirida a preços mais reduzidos no ano anterior.
Com a depreciação do dólar a inverter-se (a nota verde valorizou nos últimos meses), mantemos as nossas estimativas de lucros por ação em 0,6 euros para 2018 e 0,62 euros para 2019. Os resultados da Corticeira Amorim continuam a bom nível, mas sem surpreender, o que retira algum potencial de subida.