Os resultados trimestrais não geraram entusiasmo, mas devem melhorar no semestre atual. Subimos as nossas previsões de lucros por ação e o título permanece atrativo. Comprar.
Com um lucro de 1,79 euros por ação no segundo trimestre, a Chevron excedeu um pouco as nossas estimativas conservadoras, mas ficou um pouco abaixo das previsões do mercado. Neste período, a Chevron beneficiou da subida de 52% da produção de petróleo de xisto no Texas e Novo México. A região continua a ser a mais importante dos Estados Unidos, onde o grupo quer multiplicar por 2,5% a sua produção até 2020, dados os baixos custos de produção.
No exterior, é no gás australiano que os esforços do grupo estão concentrados. Segundo a administração, o impacto dos grandes investimentos recentes começará a ver-se no segundo semestre. Mantemo-nos cautelosos dada a complexidade desse gigantesco projeto. A administração mantém o objetivo de aumentar a produção total do grupo em 2018 no topo do intervalo 4-7%, excluindo vendas de ativos, face a 4,5% no primeiro semestre do ano.
O bom nível de liquidez gerado, cerca de 3 mil milhões de dólares (MD) por trimestre, após investimentos, permite ao grupo anunciar um plano de compra de ações próprias de 3 mil MD por ano. Embora seja modesto para a dimensão da Chevron, este plano é positivo para devolver dinheiro aos acionistas, em vez de gastá-lo em investimentos muito caros, como aconteceu no passado.
Desde o dia 1 de janeiro de 2016, o rendimento da cotação (variação da cotação + dividendo, em euros) ultrapassa os 44%. Contudo, a ação mantém potencial de valorização. Pode comprar.