O Bank of America publicou um 2.º trimestre sólido graças ao bom momento económico americano e a reduções de custos. A tendência deve continuar, mas a ação está corretamente avaliada. Manter.
O Bank of America destaca-se dos seus concorrentes e colhe os frutos das medidas de contenção de custos que tomou nos últimos anos. No 2.º trimestre de 2018, o lucro antes de impostos aumentou 4,6%. Mas, devido à reforma fiscal de Trump que permitiu uma redução da tributação (de 37 para 20%), o resultado líquido “disparou” 33%.
As boas notícias concentram-se na atividade da banca de retalho, onde o volume de negócios cresceu 8,3%, impulsionado pela subida das taxas de juro e do volume de créditos concedidos a clientes. A administração não sente necessidade de aumentar as provisões para o crédito malparado, que recuou ligeiramente em relação ao início do ano.
A nível do grupo, os custos baixaram 5% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, e 4,4% em relação ao 1.º trimestre deste ano. A redução do número de agências bancárias que são substituídas por serviços digitais é responsável por boa parte das poupanças conseguidas.
Os próximos trimestres anteveem-se promissores, com o crescimento económico a promover o consumo e, por conseguinte, o crescimento do crédito. No entanto, as atividades ligadas aos mercados financeiros não estão ao abrigo de um sobressalto.