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de segunda a sexta-feira das 9h às 18hO controverso setor do tabaco é dominado por alguns gigantes como a BAT - British American Tobbaco, a maior do mundo (proprietária de marcas como a Lucky Strike ou os Dunhill), a Altria (Philip Morris, proprietária da Tabaqueira e que vende os Marlboro e os Chesterfield), a Japan Tobbaco International (JTI, tem os Winston e os Camel fora dos EUA) e a Imperial Brands (detém marcas como a Davidoff e a Golden Virginia, o tabaco de enrolar à mão mais vendido no mundo).
Embora estas empresas estejam a conseguir manter uma distribuição de dividendos generosa, o que pode ser um atrativo, é incontornável a perpétua “espada de Damocles” que pende sobre elas: o risco de novos processos judiciais devido às mortes causadas uso / fumo continuado do tabaco uma vez que os enormes malefícios para a saúde estão desde há muito comprovados. A juntar ao endividamento algo elevado (no caso da BAT, agravado pela aquisição da concorrente Reynolds em 2017).
Num mercado mundial em declínio estrutural (incluindo a China, o principal mercado mundial), além dos tradicionais aumentos de preço para compensar a redução dos volumes vendidos, muito vai depender da capacidade destes grupos empresariais de estabilizar os seus mercados através de produtos inovadores, apresentados como menos nocivos. Produtos como os cigarros a vapor, que fornecem nicotina sem usar tabaco e sem os resíduos tóxicos inerentes ao fumo, ou o tabaco aquecido, que não chega a entrar em combustão.
Por exemplo, a Philip Morris anunciou no início de 2018 que a prazo irá abandonar os cigarros tradicionais a favor de produtos sem fumo (embora seja em grande parte um golpe de relações públicas).
O sucesso está longe de estar garantido, mas a história também mostra que não se deve subestimar a capacidade de resiliência dos grandes grupos tabaqueiros.
Notamos ainda que a Imperial Brands, a quarta maior atrás da BAT, Altria e JTI, pode vir a ser um alvo de aquisição em caso de consolidação do setor (fusões e aquisições), o que lhe dá um colorido especulativo adicional.
Em geral são ações que, a nosso ver, apenas devem ser detidas por investidores que estejam confortáveis não só com a ética questionável da atividade, como com os riscos operacionais e financeiros que acarretam. Estas ações foram excluídas do investimento por parte dos fundos que seguem o Investimento Socialmente Responsável.
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