A GE tenta encontrar bases sólidas para voltar ao crescimento. Sem qualquer vertente de desespero, o exercício é arriscado. Apesar do fraco valor histórico da ação, mantemos a prudência. Manter.
A decisão de retirar a ação da GE da lista dos 30 constituintes do índice Dow Jones, depois de o ter integrado durante mais de 100 anos, não é mais do que uma consequência lógica face aos contratempos recentes.
Confrontado com um fraco crescimento orgânico do seu volume de negócios, especialmente nas áreas de infraestruturas energéticas – turbinas, e a um nível de endividamento problemático, a nova administração tem razão, na nossa opinião, em procurar reduzir a sua área de atuação.
No entanto, a GE tem falta de liquidez e a sua margem de manobra é estreita. Por exemplo, não é garantido que a fusão da sua atividade de transporte com a Wabtec, mesmo que se traduza em boas condições de valorização, resulte numa liquidez razoável. Na verdade, esta operação resultará principalmente na distribuição de ações desta nova entidade pelos acionistas da GE.
Outras alienações de atividades poderão estar a caminho, como a iluminação, finanças ou os serviços petrolíferos. Vender estas atividades será mais complicado que a dos transportes.
Para já, graças ao bom desempenho das atividades da aviação e da saúde, o dividendo trimestral que havia sido reduzido recentemente, está salvaguardado. Mas o seu peso nas contas poderá significar que seja o próximo sacrificado.