A revisão das centrais nucleares e paragem dos reatores terá um custo adicional e prevemos uma redução do lucro, mas não põe em causa a expectativa para os próximos anos. Comprar.
A companhia de energia francesa já avisou que a revisão das suas centrais nucleares belgas custará mais do que o esperado. Devido a anomalias descobertas em edifícios adjacentes às instalações nucleares, a Engie decidiu prolongar a paragem de alguns reatores. Esta paragem equivale a mais de 7 meses de inatividade, ou seja, um custo adicional de 250 milhões de euros (ou 0,10 euros por ação).
Para compensar, o grupo implementou um novo plano de ação, cujas medidas serão detalhadas quando publicar os seus resultados semestrais (27 de julho). No entanto, esse plano só permitirá limitar o impacto desta paragem sobre o desempenho financeiro.
Como consequência, prevemos uma redução das projeções do lucro para o ano corrente e 2019. Mas essa revisão não põe em causa a expectativa para o longo prazo nem o dividendo. O grupo voltou recentemente ao crescimento graças a um reposicionamento em atividades menos cíclicas e mais promissoras (gás natural, serviços energéticos, energias renováveis).
Acreditamos que esta dinâmica continuará a apoiar os resultados nos próximos anos. A subavaliação do título em relação aos seus pares não parece justificada. Além disso, o dividendo anual será aumentado em 0,05 para 0,75 euros por ação, dando ao título um rendimento bruto de 5,7%.