Os lucros do primeiro trimestre cresceram menos do que esperávamos, muito por culpa das margens operacionais. O mercado reagiu bem a estes resultados e por isso reforçamos o nosso conselho. Manter.
A Sonae apresentou, na semana passada, os resultados trimestrais. O lucro foi de € 0,01 por ação. Mais do dobro face ao primeiro trimestre do ano passado e que, em termos absolutos, equivale a 20 milhões de euros (ME). A diferença explica-se pelo fraco desempenho no primeiro trimestre de 2017 com um resultado de 8ME.
Feito o reparo que justifica a subida de 139% no resultado líquido, o crescimento das vendas foi transversal a todas as áreas de negócio com destaque para o retalho, com mais 9,1%.
Apesar do aumento das vendas, a margem EBITDA, que estimávamos que seria superior, manteve-se estável nos 5,2%, em linha com o mesmo período do ano passado. Tal como os seus concorrentes, a Sonae não consegue ver os seus custos operacionais baixarem.
Nota positiva, uma vez mais, para a redução do montante da dívida (-8,6%) que, contudo, não impediu uma ligeira deterioração do resultado financeiro.
Entretanto em comunicado à CMVM, o grupo veio informar estar a analisar a hipótese de listar em bolsa o negócio do retalho alimentar (Sonae MC) e do imobiliário dedicado ao retalho (Sonae RP). Estaremos atentos aos desenvolvimentos.
No próximo dia 30 de maio, o grupo irá dar início ao pagamento do dividendo referente ao exercício de 2017, de 0,03 euros por ação. Tendo em conta estes resultados, mantemos as nossas estimativas de lucro para 2018/19, em 0,11 euros por ação.