Os resultados trimestrais e o novo plano estratégico anunciado pela REN não trouxeram grandes novidades. A estabilidade dos lucros e o bom dividendo manter-se-ão e a ação está barata.
A REN teve um lucro de 0,02 euros por ação no primeiro trimestre, uma queda de 3% face a igual período de 2017, em linha com o previsto.
A nível operacional, o EBITDA aumentou 3,8% graças à integração da Portgás que compensou a redução das taxas de remuneração dos ativos, originada pelo novo quadro regulatório e pela descida do rendimento das Obrigações do Tesouro.
Ao nível financeiro, apesar da queda do custo médio da dívida de 2,6 para 2,3%, o resultado piorou 7,2% devido à ligeira subida da dívida (compra da Portgás).
Sem surpresas, a REN anunciou o novo plano estratégico 2018-2021, que manterá a aposta na consolidação e melhoria da eficiência do core business e um sólido desempenho financeiro.
O crescimento será disciplinado, com um investimento global de até 400 milhões de euros (face a 769 ME entre 2015 e 2017), tendo Portugal como prioridade. Logo, a REN manterá uma boa estabilidade dos resultados, esperando atingir um EBITDA anual entre 475 e 500 ME e um lucro líquido entre os 100 e 115 ME.
Assim, baixámos ligeiramente as nossas previsões de lucros por ação de 0,18 para 0,17 euros, em 2018 e de 0,19 para 0,18, em 2019. Além disso, a REN manterá o atual dividendo líquido de 0,1231 euros por ação, que corresponde a um elevado rendimento de 4,7%.