Indefinição, é o que se pode concluir dos resultados do primeiro trimestre na Philips, mas os investidores estão focados nas boas notícias. O potencial da reorientação para o setor da saúde já está incorporado na cotação. Vender.
O ano de 2018 começou bem para a Philips. A empresa viu as vendas progredirem em 5% (em base comparável) durante o 1.º trimestre. Um resultado dentro do intervalo de valores das previsões de crescimento do volume de negócios em base comparável para 2018 de 4% a 6%.
O crescimento foi mais forte (+9%) nos Diagnósticos e Tratamentos, departamento que beneficiou com a forte procura de equipamentos de ultrassons. A carteira de encomendas aumentou 10%.
Contudo, o trimestre foi menos exuberante do que realmente aparenta. Considerando o efeito cambial, o volume de negócios caiu 2%. O lucro operacional reduziu 17% devido a encargos com a reestruturação relacionados com o programa de reduções de custos em curso. Para piorar, a direção admitiu que a boa dinâmica dos Diagnósticos e Tratamentos não deve ser extrapolada para os próximos trimestres.
Portanto, reduzimos a nossa projeção de lucros por ação, para 2018, de € 1,85 para € 1,75 e, para 2019, de 2 para 1,95 euros.
Uma nota final para a recompra de ações, conforme o programa lançado no último verão (2017), que não faz mais do que compensar os títulos emitidos em consequência da possibilidade de receber o dividendo nas participações.
Dadas as perspetivas mais cinzentas, aproveite o máximo histórico da ação para vender.