A situação financeira da JinkoSolar continua difícil, apesar do dinamismo do mercado. As dificuldades justificam a menor valorização. Mantenha apenas se aceitar o risco elevado.
A subida do preço do barril de petróleo para 72 dólares (contra 62 em fevereiro), passou ao lado da evolução da cotação da JinkoSolar.
A subida dos combustíveis fósseis deveria ter impulsionado o setor de energias renováveis, mas a verdade é que a saúde dos principais atores na energia solar não permite grande otimismo para o setor.
Apesar do aumento superior a 30% do volume de negócios no quarto trimestre de 2017, a JinkoSolar não conseguiu lucrar com o maior dinamismo da procura. O lucro por ação caiu 80% face ao mesmo período do ano anterior, para 0,12 dólares, muito abaixo dos 0,23 esperados, sendo a margem líquida de apenas 1,4%.
O primeiro trimestre de 2018 não se afigura melhor. Por um lado, a empresa está a sofrer com a subida significativa dos preços das matérias-primas utilizadas na produção de painéis solares e os preços devem permanecer elevados em 2018.
Por outro lado, a rentabilidade está limitada pela pressão sobre os preços de venda, num setor muito competitivo. A situação da Jinko é apesar de tudo menos difícil que a de outro concorrentes, graças aos seus custos de produção baixos. As tarifas à importação de painéis solares impostas por Trump são uma pedra no sapato da empresa, que respondeu com a construção de uma fábrica na Flórida.