A GE encetou um longo processo de restruturação que não está isento de perigos, mas os primeiros indicadores são tranquilizadores. Mantemos as previsões de lucro e o conselho.
Após terem sido dececionados em oito dos últimos 10 trimestres, os acionistas da GE ficaram aliviados com os resultados do primeiro trimestre de 2018.
Por um lado, o bom desempenho de atividades estratégicas como a aviação a e saúde compensaram as dificuldades persistentes do negócio de "turbinas". Ao mesmo tempo, o programa de redução de custos está adiantado.
Mantemos as estimativas de lucro por ação de 0,75 e 1,1 dólares para 2018 e 2019, respetivamente. Por outro lado, o grupo confirmou a intenção de vender ativos (transporte e lâmpadas) no valor 20 mil milhões de dólares até o final de 2019.
Menos preocupações com a saúde financeira do grupo a médio prazo? Nem por isso! É preciso manter a prudência. Ainda há um ano, a GE esperava lucros de 2 dólares por ação em 2018.
O grupo ficou fragilizado nos últimos trimestres, tendo de cortar para metade o dividendo. No último trimestre, o crescimento orgânico das atividades industriais permaneceu negativo (4%) e as finanças continuam algo opacas e podem reservar más surpresas.
Apesar dos resultados operacionais satisfatórios, o grupo obteve uma perda trimestral (-0,14 dólares), atribuível a uma provisão para antigos empréstimos imobiliários. Em 2017, teve custos com contratos anteriores de resseguro.
Cotação à data da análise: 14,38 dólares