Os resultados trimestrais ficaram um pouco acima das expectativas. Revemos em alta ligeira as nossas previsões de lucros para este ano e para 2019. Mas não alteramos o conselho.
De janeiro a março, o BCP alcançou resultados líquidos de 85,6 milhões de euros, o que equivale a um lucro de 0,006 euros por ação, contra 0,003 em igual período do ano passado.
Na base deste bom resultado, esteve sobretudo uma significativa diminuição dos encargos com imparidades para crédito que baixaram 28,8%, beneficiando da redução do crédito mal parado, bem como a diminuição de 56,1% de outras imparidades e provisões.
Do lado dos proveitos, a margem financeira progrediu 3,8% e as comissões aumentaram 4,4%, mas os resultados de operações financeiras recuaram 5,3%.
Assim, o produto bancário manteve-se estável (+0,7%). O BCP continua a reduzir a sua alavancagem financeira, com os recursos de clientes a crescerem 5,7% e o crédito a recuar 2,5% e desta maneira o rácio de crédito sobre depósitos baixou para 91%, face a 97% há um ano (era de 164% em 2010).
Em face das contas do primeiro trimestre, reforçamos as nossas previsões de lucros por ação, para este ano, de 0,020 para 0,024 euros. Para 2019, prevemos agora 0,030 euros (0,027 antes). Na Assembleia geral de 30 de maio, deverá ser aprovada a nomeação para CEO do atual vice-presidente Miguel Maya, passando o atual CEO, Nuno Amado, a presidente não executivo.