O Barclays marcou pontos com a mudança de estratégia, mas não está a conseguir convencer que tem capacidade para seguir o novo de rumo e relançar o crescimento de forma sustentável.
O grupo encerrou o primeiro trimestre no vermelho (prejuízo de 4,2 pence por ação) após novas penalizações financeiras. Estes encargos permitem que o banco ponha para trás os problemas decorrentes da crise financeira de 2008 e afaste algumas preocupações.
Contudo, mesmo excluindo esses custos, os resultados das atividades não dão uma ideia clara do potencial do banco. No Reino Unido (banca de retalho, gestão de património), as receitas caíram apesar do dinamismo dos cartões de crédito.
A margem financeira, componente muito importante dos proveitos, está novamente em declínio. Nas atividades relacionadas com os mercados financeiros, os resultados foram ligeiramente melhores do que o esperado, embora o trimestre precedente tenha sido fraco.
Veremos se a tendência se confirma nos próximos trimestres, onde os congéneres americanos já estão muito ativos. Ainda assim, os resultados permitem que o banco confirme as metas de rentabilidade para 2019 e 2020 e o dividendo de 6,5 pence para 2018.
Não alteramos as previsões de lucros por ação de 18 pence para 2019, mas baixamos para 8,4 pence em 2018 (antes estimávamos 16 pence). O Banco está agora focado nas atividades principais, mas ainda não conseguiu convencer do seu potencial de crescimento.