O resultado líquido por ação de 0,34 euros ficou muito abaixo dos 0,53 que estimámos, e os incêndios de 2017 não explicam tudo. A recuperação da empresa marca passo. Manter.
Os incêndios de 2017, que afetaram as fábricas de Oliveira do Hospital e Mangualde, tiveram um impacto superior ao esperado porque uma parte dos custos foram integralmente suportados pela Sonae Indústria, apesar das unidades industriais estarem integradas na joint-venture Sonae Arauco (onde a participação da Sonae Indústria é de 50%). A produção continuou fortemente condicionada no 1.º trimestre de 2018.
Mas o 4.º trimestre fechou no vermelho também devido à fraca evolução das operações próprias da empresa (fora da joint-venture).
As vendas nos mercados norte-americanos caíram face ao mesmo período do ano passado (perspetivando-se que continuem pouco dinâmicas), os custos variáveis subiram (em termos anuais), e foi registado um volume considerável de imparidades relativas às operações na Alemanha.
A nível financeiro não houve surpresas negativas, com a redução dos custos de financiamento e uma ligeira redução do endividamento, mas os fracos resultados operacionais não permitiram melhor evolução do lucro anual.
Devido aos fatores acima referidos, alguns não recorrentes, as previsões de lucros para 2018 são revistas em baixa considerável, para 0,46 euros por ação (antes, 0,57). 2019 deverá ser consideravelmente melhor, com 0,61 euros.
Cotação à data da análise: 2,94 euros