O grupo que inclui a Louis Vuitton está a subir os preços, mas de forma prudente. A cotação progrediu fortemente e está a um nível muito elevado, mais vulnerável a desilusões. A evitar.
À semelhança do mesmo período do ano passado, a gigante dos artigos de luxo registou um crescimento de 13% no 1º trimestre, claramente acima do esperado.
O crescimento este ano é ainda mais impressionante do que o do ano passado, pois nessa altura beneficiou de uma base de comparação mais favorável (1.º trimestre de 2016 com fraqueza na China e vaga de atentados em Paris).
De realçar a procura na Ásia (+21% excluindo o Japão), com a China à cabeça, que acelerou ao longo de 2017 e continua sustentada. O principal motor de crescimento é o segmento de “moda e marroquinaria” (+16%).
A rentabilidade está a beneficiar com aumentos de preço, na ordem dos 1,8% para os artigos de cabedal da Louis Vuitton, que por si só representa cerca de 50% do lucro operacional.
No segmento “vinho e espirituosas”, que cresce também a bom ritmo (+10%), o aumento de preços está previsto para o segundo trimestre.
Subimos ligeiramente as nossas previsões de lucro por ação: 11,5 euros em 2018 (antes, 11,2) e 12,7 para 2019 (antes, 12,35).
Contudo, estes dados positivos não são suficientes para justificar o elevado nível atual da cotação, que poderá ser penalizada por qualquer desilusão a nível das expectativas sobre os lucros.