A cotação caiu 7% depois da apresentação de resultados trimestrais. Em causa, a rentabilidade que continua baixa. Aproveite a correção que nos parece ser exagerada e invista.
A IBM registou no primeiro trimestre um crescimento de 5%, confirmando a inversão da tendência iniciada no quarto trimestre de 2017 e quebrando vários anos de queda ininterrupta.
Mas, infelizmente, não é um crescimento saudável: foi nulo se excluirmos o efeito cambial e a margem bruta voltou a recuar. A recuperação tarda, o que é dececionante para uma empresa num setor tecnológico que atualmente vai de vento em popa.
Outro dado negativo foi ter mantido inalterada a previsão de o lucro por ação para 2018 ser pelo menos igual ao de 2017, apesar de o lucro por ação (em base comparável) ter aumentado 4% neste primeiro trimestre. Mas não esta prudência é compreensível já que a maior parte do lucro do grupo é realizado no final do ano.
Em todo o caso, não vemos nesta manutenção do objetivo de lucros um prenúncio de um abrandamento da atividade que coloque em causa os objetivos de longo prazo fixados (receita: +2,5% por ano, lucro por ação +7,5% por ano).
Objetivos exequíveis, a nosso ver, e com base nos quais a ação nos parece subvalorizada. Sólida financeiramente, a IBM prevê aumentar regularmente o seu generoso dividendo e comprar ações próprias. Esperamos lucros por ação de 11,7 dólares em 2018 e 12,4 dólares em 2019.