A GSK está constrangida a reforçar-se na venda livre mas o contexto está mais difícil. E o seu produto vedeta Advair pode enfrentar em breve a concorrência de biossimilares.
A GSK adquiriu a participação de 36,5% da Novartis na joint-venture para medicamentos sem receita médica. A Novartis, que tinha uma opção de venda, não escondia a intenção de sair do negócio.
Esta aquisição, que deve estar concluída este verão, segue-se à desistência, por parte da GSK, da aquisição dos medicamentos de venda livre da Pfizer. O que acaba por ser um alívio, já que a GSK precisa de 8,9 mil milhões de libras para comprar a participação da Novartis, ainda que vendas de ativos na Índia possam compensar parcialmente a fatura.
Com esta operação, a GSK passa a receber a totalidade das vendas da atual joint-venture (7,8 mil milhões de libras em 2017).
Mas o contexto nos medicamentos de venda livre está a mudar. O crescimento das vendas tem abrandado (+2% em 2017, contra uma média de 4% nos 3 anos anteriores) devido à maior concorrência, sobretudo on-line (pressão sobre os preços).
Além disso, a rentabilidade deste segmento é bastante inferior à dos medicamentos com receita (margem operacional de 17,7% contra 34,3%). A GSK quer subir esta para 25% até 2022, um objetivo, no mínimo, ambicioso no contexto atual.
Subimos ligeiramente as previsões de lucro por ação. De 48 para 49 pence em 2018, e de 53 para 55 pence em 2019.