Os dados preliminares sobre a atividade do primeiro trimestre não trouxeram surpresas. A ação tem beneficiado do eventual interesse de outros grupos europeus mas continua barata. Aconselhamos a compra.
A EDP só irá apresentar os resultados no dia 10 de maio mas já divulgou os dados preliminares relativos à sua atividade no primeiro trimestre, que não contêm surpresas. A produção de eletricidade subiu 7%, graças ao forte crescimento das energias renováveis: hídrica (+42%) e eólica (+13%). Por outro lado, a eletricidade distribuída aumentou em todos os mercados, com destaque para Portugal (+4,5%). A capacidade instalada progrediu 3% no último ano (+0,8 GW para 26,8 GW), beneficiando sobretudo de novos parques eólicos nos EUA e no Brasil e de nova capacidade hídrica em Portugal.
Em bolsa, após um período conturbado, a cotação tem recuperado. Apesar de a pressão regulatória pesar sobre os resultados, especialmente em Portugal, a EDP reafirmou que não haverá cortes no dividendo, que é um dos seus trunfos. Porém, o título tem beneficiado de rumores sobre o eventual interesse de outros grupos europeus. Primeiro, falou-se da espanhola Gas Natural e mais recentemente da francesa Engie. Em ambos os casos, a EDP desmentiu a existência de contactos e mostra-se focada em prosseguir sozinha a estratégia de diversificação geográfica e aposta nas energias renováveis. Mantemos as estimativas de lucros por ação de 0,24 euros em 2018 e 0,25 euros em 2019.
Cotação à data de análise: 3,21 euros