Após a queda da cotação nos últimos dias, a ação passou a estar barata. O mercado não valoriza totalmente a solidez do banco e o potencial de subida de resultados. Passamos a recomendar a compra.
Depois de cair 6% em relação à nossa última análise de 9 de fevereiro e 11% face ao máximo dos últimos 12 meses, a ação passou a estar barata. Agora está a negociar a 0,75 vezes os próprios fundos tangíveis do banco (contra cerca de 0,9, historicamente).
Um nível baixo, que já não se justifica, tendo em conta o recente progresso do plano 2020 e as surpresas que poderiam surgir. Este plano favorece a redução de custos através da conversão digital da rede bancária do BNP. Este plano requer investimentos em TI que ainda irão penalizar a rentabilidade em 2018 antes de um ano melhor de 2019.
O banco reviu ligeiramente em alta alguns objetivos, como o retorno sobre os capitais próprios e o indicador de solidez do balanço. Essa solidez permite que o grupo considere aquisições e está prestes a comprar a subsidiária polaca do banco austríaco Raiffeisen.
O nível muito baixo das taxas de juro de mercado, ainda continuará a penalizar durante mais algum tempo os lucros da banca de retalho. Por isso, reduzimos as nossas expectativas de ganhos para este segmento para 2018 e subimos ligeiramente para 2019. Mas reforçamos as estimativas para a banca de investimento, que beneficiará da maior volatilidade nos mercados financeiros. Uma situação que favorece a procura de produtos de proteção de capital que são vendidos pelo BNP Paribas.
Assim, para 2018, a nossa previsão de lucro por ação passa de 6,7 para 6,4 euros. Para 2019, aumentamos a estimativa de 7 para 7,2 euros.
A recente descida da cotação tornou a ação barata. Aproveite a oportunidade para tomar posição num título que poderá vir a revelar boas surpresas entre 2018 e 2019. A ação irá beneficiar com o crescimento económico da zona euro, embora a curto prazo permaneça muito dependente do clima dos mercados.