A Novabase deu seguimento ao seu plano de consolidação da atividade de consultoria. A ação chegou a valorizar. Estes resultados ficaram abaixo das nossas estimativas. Quem seguiu o nosso conselho prévio deve vender para realizar o ganho.
Desde o nosso conselho de compra até agora a ação valorizou 78% (incluindo dividendos). Apesar disso os resultados ficaram abaixo das nossas estimativas e as perspetivas não são animadoras.
O ano de 2017 foi, por um lado, o ano de acertos referente à venda no final de 2016 do negócio Infrastructures & Managed Services (IMS) e, por outro lado, o da consolidação da área de consultoria que representa a quase totalidade do seu volume de negócios.
A Novabase cumpriu os objetivos de volume de negócios a que se propôs para 2017 atingindo os 140 milhões de euros (+3% em base comparável) e ficou 85% acima do objetivo estabelecido para o EBITDA. A empresa beneficiou da redução dos custos da operação alienada e da mais-valia conseguida. Face a 2016, a empresa reduziu o seu passivo em 9% e termina o ano com 56 milhões em caixa.
A administração comunicou, no mesmo dia de publicação dos resultados, que vai propor um dividendo de 15 cêntimos, um pay-out de quase 100% o que é insustentável a curto prazo. Revemos em baixa as nossas estimativas de lucro por ação para 0,13 euros em 2018 e para 0,14 euros em 2019 (anteriormente 0,15 euros para os dois anos).
Mudamos o conselho para vender, tendo em conta a perspetiva sobre a queda dos lucros nos próximos anos e face à sua nova realidade de negócio. Além disso, o mais provável é a ação sair em breve do PSI-20, motivado pela queda do seu valor de mercado comparativamente a outros títulos. Caso isso se confirme, a cotação poderá ser penalizada no curto prazo.
Cotação à data da análise: 2,92 euros