Lucros da Jerónimo Martins ficaram ligeiramente acima do que esperávamos. No entanto, com exceção da Polónia, a margem operacional volta a baixar face ao período homólogo. Vender.
O grupo volta a crescer nas vendas, +11,3% face ao período homólogo. Também o EBITDA cresceu 7% e ficou em 922 milhões de euros. O lucro por ação foi de 0,61 euros, superando um pouco a nossa estimativa de 0,60 euros e com o principal contributo da Polónia e da Colômbia.
Retirando o efeito extraordinário da venda da Monterroio em 2016, o resultado liquido acabou por crescer 6,7%. No entanto, a rentabilidade operacional do grupo voltou a baixar de 5,9% para 5,7% apesar do aumento de investimento em 50% em base comparável.
Também negativo é o aumento do total de empréstimos do grupo (+57%), principalmente de médio longo prazo. O negócio de retalho enfrenta uma forte concorrência e a margem para aumentar quotas em mercados consolidados como é o caso de Portugal e da Polónia, é muito apertada.
Para este ano a proposta de dividendo bruto é de 0,613 euros por ação. Para os próximos anos, e de acordo com as perspetivas apresentadas no comunicado dos resultados de 2017, percebemos que o investimento na abertura de novas lojas vai ser reduzido. Por isso antevemos um período de alguma consolidação de custos o que poderá levar a um aumento do lucro por ação.
Assim sendo, melhoramos ligeiramente as estimativas de lucros por ação para 2018, de 0,66 para 0,69 euros e para 2019, de 0,69 para 0,70 euros.
Contudo, e apesar de a cotação ter recuado 12,7% na semana passada, aos níveis atuais, a ação ainda está cara e não alteramos o nosso conselho de vender.
Cotação à data da análise: 15,08 euros