O mercado onde o grupo está ativo atravessa um período difícil, a rentabilidade está sob pressão e os juros estão a subir nos Estados Unidos, pelo que há ações americanas mais interessantes.
Os lucros de 2017 (excluindo itens não recorrentes) ficaram abaixo das nossas expectativas e a rentabilidade continua a não melhorar. É certo que o bom nível de liquidez gerado permitiu ao grupo anunciar um aumento de 5% do dividendo nos próximos anos. Mas, nem isso entusiasma os investidores porque as perspetivas não são animadoras.
O grupo desenvolve a sua atividade mais para os negócios regulados de distribuição de eletricidade (margens menos voláteis), mas continua a ser penalizado pelo rendimento da produção de eletricidade. Esta atividade é afetada pelo baixo preço do gás, um dos fatores que determinam o preço de venda da eletricidade, e este cenário não deve mudar no futuro próximo.
Quanto à procura de eletricidade nos Estados Unidos, não se espera um aumento significativo nos próximos anos. Como o mercado de eletricidade não está a melhorar, reduzimos as nossas estimativas para o crescimento global do setor.
Além disso, o aumento das taxas de juro norte-americanas, que é desfavorável às empresas de serviços públicos, pois implica maiores encargos com a dívida, irá jogar contra a Exelon.
Prevemos lucros por ação de 2,20 euros em 2018 e de 2,30 euros em 2019. Face às fracas perspetivas, alterámos o nosso conselho de manter para vender.
Cotação à data da análise: 38,07 euros