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de segunda a sexta-feira das 9h às 18hO Congresso Mundial de Comunicações Móveis (Mobile World Congress 2018 – MWC), que decorreu em Barcelona entre 26 e 1 de março, veio, finalmente, confirmar a chegada da 5.ª geração de banda larga móvel para o mercado mundial das telecomunicações.
Quem esteve na última edição de 2018 da feira internacional de Barcelona reparou que as novidades em relação aos telemóveis e tablets foram reduzidas em relação aos anos anteriores. Apesar da apresentação dos novos smartphones da Samsung (S9 e S9+), que foram as estrelas desta edição, o 5G — já integrado em algumas das novidades — foi das tecnologias mais faladas.
O upgrade da 4ª para a 5ª geração de banda larga móvel está muito próximo e tudo indica que esse avanço será efetuado a uma escala global com países como a China, os Estados Unidos da América, o Japão e a Coreia do Sul a liderar o desenvolvimento desta nova plataforma.
De acordo com o vice-presidente da chinesa ZTE, Huijun Xu, "o 5G será uma tecnologia para propósitos gerais ao integrar as plataformas virtuais de Cloud (nuvem virtual), Software-Defined Everything (Tudo Definido por Software), Internet of Things (IoT), Inteligência Artificial (AI) e Mesh (amplificador de sinal Wi Fi).”
Xu diz ainda que “o 5G irá causar um ímpeto profundo na evolução das redes, upgrades do setor e desenvolvimento social e económico, preparando o terreno para um mundo mais inteligente e conectado".
Empresas como Samsung, LG e Lenovo apresentaram em Barcelona as suas propostas para se ter uma smart home operacional. Desde frigoríficos que avisam quais os produtos que acabaram e que são necessários comprar, a fornos ou máquinas de lavar que se podem ativar a partir de qualquer local com ligação à Internet.
Na verdade, nenhum destes produtos são novidades mas quando o 5G for introduzido no mercado todos estes eletrodomésticos vão com certeza tornar-se mais interativos. É como se o telemóvel se convertesse num comando à distância que liga e apaga as luzes ou o aquecimento antes de chegar a casa. A nova banda larga móvel aliada às “casas conectadas” (smart homes) irão alargar o leque de opções disponíveis para o utilizador.
E não será somente para as casas inteligentes, segundo um especialista da Baidu, o maior motor de pesquisa chinês, o 5G vai tornar a tecnologia dos carros sem motorista viável. Outro especialista, Jiying Xiang, investigador da ZTE, confirma que o 5G será uma rede com velocidades ultrarrápidas, latência ultrabaixa, conectividade maciça e altamente confiável. Com estas características, a velocidade 5G vai permitir, aos utilizadores da internet móvel, “experiências ultra-avançadas em qualquer lugar”.
O vice-presidente da China Mobile assegurou que a sua empresa está a enveredar todos os esforços para implementar o 5G comercial em larga escala até 2020.
Executivos da Qualcomm e da Intel confirmam que o 5G será o futuro e que a sua comercialização está para breve.
Nos EUA, algumas empresas já se posicionam estrategicamente para fornecer as infraestruturas necessárias para esta transição. Exemplo da Corning, que recentemente separou as “comunicações óticas” do grupo (23% dos lucros em 2017) e está atualmente em forte crescimento com o lançamento da tecnologia de 5G.
A Cisco aguarda com otimismo a introdução da última geração da Internet móvel (5G) como demos conta em setembro último, a empresa norte-americana prevê para um horizonte entre 3 e 5 anos um aumento anual de 2% do volume de negócios e 5% dos lucros por ação assim que o 5G comercial arrancar.
A PROTESTE INVESTE (PI) pediu às empresas de telecomunicações móveis, a operar em Portugal, que se pronunciassem sobre como estão a preparar a chegada do 5G.
A NOS respondeu que “estão a acompanhar de perto a estandardização do 5G e a investir nas suas infraestruturas atuais” através da “instalação na rede de equipamentos compatíveis com o 5G”. A Vodafone e a Meo Altice não enviaram resposta até ao fecho deste artigo.
No que diz respeito ao regulador, a ANACOM anunciou recentemente (07.03) que está “a preparar o lançamento da 5ª geração móvel” em Portugal. Para tal, a Autoridade Nacional de Comunicações informou que “vai auscultar o mercado para avaliar o interesse dos operadores nas faixas (700 MHZ) que tecnologicamente possibilitam o desenvolvimento dos vários serviços que podem ser prestados com esta nova geração móvel, inclusive comunicações Machine-to-Machine (M2M) e Internet of Things (IoT)”.
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