O lucro anual caiu 29% mas sem elementos extraordinários ficou quase inalterado face a 2016 (+0,3%) e muito perto do que esperávamos: 0,55 euros por ação, face aos 0,57 estimados. Manter.
As vendas totais cresceram 9,4% face a 2016, mas considerando o mesmo perímetro de consolidação (excluindo as aquisições da Bourrassé e Sodiliège), o crescimento foi de 5,3%.
A unidade de rolhas continua a ser a locomotiva do grupo, com as receitas a crescer 12,8% (6,7% sem variação de perímetro). Contudo, a empresa viu decair o seu preço médio de venda e a integração das novas empresas, que são menos rentáveis, levaram a margem EBITDA no 4.º trimestre a cair para valores que não eram vistos desde 2015: 15% face a 19% no cômputo do ano. As outras unidades de negócio (Revestimentos, Aglomerados Compósitos, Isolamentos) viram o seu EBITDA decrescer.
A nível financeiro, as aquisições levaram a um aumento do endividamento, mas continua a um nível muito confortável e os custos financeiros são praticamente negligenciáveis.
A administração propôs um ligeiro aumento do dividendo para os 0,185 euros brutos, distribuindo aproximadamente metade dos lucros. Para 2018, mantemos a estimativa de um lucro de 0,6 euros por ação.
Para 2019, esperamos um crescimento moderado para 0,62 euros, fruto da integração e ganhos de eficiência nas novas operações, ficando na expectativa da prossecução da estratégia de aquisições.
Cotação à data da análise: 10,12 euros