Atenor
Bons resultados para a empresa imobiliária belga em 2017 sustentados pela sua atividade na Europa de Leste. O lucro por ação esperado é de 4,07 euros. O dividendo distribuído aos acionistas irá aumentar 1,96% para os 1,456 euros por ação. O volume de projetos imobiliários em carteira deverá permitir que o ritmo de crescimento se mantenha nos próximos anos. Compre.
Engie
O projeto de restruturação 2016-2018 avança a bom ritmo e as perspetivas para este ano são boas. Espera-se que 2018 seja um ano marcado por crescimento. Um otimismo que partilhamos e que permitiu à empresa francesa anunciar um dividendo bruto de 0,75 euros por ação para este ano. Uma boa novidade para os acionistas. Compre.
IBM
A IBM reiterou os seus objetivos de longo prazo, revelados há 1 ano, relativos ao crescimento de 0% a 5% do volume de negócios, de 5% a 10% do lucro por ação e um aumento regular do dividendo, a par de um pro-grama de compras de ações próprias. São objetivos que nos parecem atingíveis, apesar do regresso ao crescimento ser muito recente, depois de uma travessia do deserto de 22 trimestres, em que finalmente o volume de negócios subiu. Mantemos as nossas estimativas para o lucro por ação. 12,4 dólares para 2018, face aos 12,04 em 2017. Com base no rácio price earnings+, desta ação que atualmente é de 12,8, a IBM está subavaliada pois o seu PER está claramente abaixo do referencial de 15 e é muito inferior à média do índice americano S&P 500+ que é de 25. Compre.
Kimberly-Clark
Os resultados de 2017 foram positivos mas os desafios continuam e levam o grupo a lançar um novo plano de redução de custos. A Kimberly-Clark terá de enfrentar uma pressão crescente da concorrência que leva a uma pressão sobre os preços. Uma concorrência não só da parte de distribuidores mas também de grandes nomes como a Procter & Gamble. Já neste contexto durante 2017, a Kimberly conseguiu estabilizar o volume de negócios conforme era esperado. Motivado pela redução de custos e da recompra de ações, o lucro por ação aumentou 7% em 2017 o que ficou acima das nossas estimativas. O novo plano de redução de custos visa eliminar 12% a 13% da força de trabalho e encerrar uma dúzia de fábricas. Espera-se que o impacto deste plano seja entre 1,4 dólares e 1,6 dólares por ação (antes de impostos) até 2021. Para 2018 e 2019, estimamos um lucro por ação de 4,55 e 6,2 dólares respetivamente.
PostNL
A PostNL sofre mais do que o previsto com a liberalização do mercado postal holandês. O volume de correio decresceu 10% e o impacto da decisão das autoridades holandesas sobre a liberalização do mercado terá um impacto de 50 a 70 milhões de euros. A rentabilidade de 2018 estará sobre pressão ao longo do ano e o grupo já identificou medidas para fazer economias suplementares equivalentes a 40 milhões. Não nos parece que os impactos negativos da liberalização coloquem em causa a sua capacidade de distribuição de dividendos. No entanto, apesar desta garantia, este novo desapontamento deverá tornar difícil a recuperação do titulo. Por este motivo reduzimos as nossas estimativas de lucro por ação de 0,42 para 0,3 euros em 2018 e de 0,45 para 0,33 euros em 2019. Mantenha.
Total
A Total concluiu a aquisição da Maersk Oil. Uma transação anunciada em meados de 2017. A petrolífera consegue assim acrescentar 160 mil barris por dia à sua produção que no final de 2017 totalizava 2,56 milhões de barris por dia. Este incremento de produção proveniente desta aquisição deverá implicar o crescimento da produção de 5% para 6% em 2018. Desta operação espera-se igualmente alguma economia de custos. Mantenha.
Análise à data de 15/03/2018