Accenture
A Accenture apresentou um resultado trimestral de acordo com as nossas estimativas mas reviu em baixa o seu objetivo de rentabilidade. A consultora estima agora uma margem operacional estável para o ano fiscal de 2017/2018 que encerra a 31 de agosto.
A penalização do mercado bolsista esta semana não deve ser motivo de pânico. Por um lado, no passado, a Accenture conseguiu surpreender agradavelmente os investidores. Por outro, continua a ganhar quota de mercado. A sua carteira de clientes cresceu 16% no primeiro semestre de 2017/2018. Mantenha.
Barclays
Um fundo ativista adquiriu 5% dos direitos de voto do Barclays para fazer pressão sobre a administração com vista ao aumento de medidas de restruturação do banco. Enquanto a maior parte dos grandes bancos europeus conseguiu recuperar da crise, o Barclays apresentou comparativamente com os seus pares, um balanço frágil e com prejuízos em 2017.
O principal motivo para esta situação passa pelo seu banco de investimento que não consegue recuperar da discrepância face aos seus concorrentes e que continua a perder quota de mercado.
A chegada de um acionista empreendedor surge como um D. Sebastião perante os restantes acionistas que desesperam por medidas mais radicais por parte da administração. Consideramos que esta pressão adicional sobre a estrutura do banco só pode trazer resultados positivos. Mantenha.
Bayer
A farmacêutica acaba de receber luz verde da Comissão Europeia para a aquisição da americana Monsanto com a condição de vender alguns ativos. A sua compatriota BASF já tinha aceitado, em outubro do ano passado, adquirir a atividade de herbicidas e germicidas.
Mais recentemente juntou ao lote as sementes de legumes. A Bayer tem ainda de receber a aprovação das autoridades de concorrência de vários países, incluindo os Estados Unidos, mas o grupo pretende fechar esta operação durante o segundo trimestre de 2018.
Euronav
A Euronav anunciou um dividendo de 0,06 dólares (brutos) que será pago em maio. Sobre o exercício de 2017, o grupo terá distribuído o mínimo previsto na sua politica de dividendos, 0,12 dólares (brutos). Mantenha.
GSK
A GlaxoSmithKline, um dos candidatos para a compra do negócio de produtos de saúde sem prescrição da Pfizer anunciou ter desistido da corrida. A decisão parece-nos acertada, pois o grupo britânico tem trabalhado intensivamente para desenvolver os seus próprios medicamentos sem prescrição, como é o caso do Advair. Ainda assim, venda.
Reckitt Benckiser
A Reckitt Benckiser é outro dos grupos que também não está interessado no negócio de produtos de saúde sem prescrição da Pfizer. A Reckitt estaria interessada apenas numa parte desse negócio enquanto a Pfizer, por seu lado, tem interesse em se separar da atividade no total. Uma decisão sensata por parte da Reckitt que, por agora, tem como desafio principal a integração da Mead Johnson num contexto difícil de pressão sobre as vendas e as margens. Venda.