Após uma rentabilidade total para o acionista (inclui dividendo) de 20% no último ano, a cotação está num nível consistente com o estado de saúde do grupo e as suas perspetivas de lucros. Manter.
Com a atividade que é muito influenciada por custos fixos, a rentabilidade operacional beneficiou do aumento dos volumes e do controlo de custos (incluindo de restruturação) e subiu 0,8% ao longo do ano.
No negócio da construção, onde o caderno de encomendas está no ponto mais alto (subiu 6% no ano), a Bouygues opta pelos projetos mais lucrativos, apesar das dificuldades persistentes nas obras públicas (Colas).
Nas telecomunicações, onde a administração continua a rejeitar a perspetiva de consolidação no mercado francês, o volume de negócios subiu 7% e o corte de custos avançou mais rápido do que o previsto.
A boa gestão permite ao grupo gerar mais liquidez, o que se traduz no primeiro aumento do dividendo desde 2009: de 1,6 para 1,7 euros por ação (rendimento bruto de quase 4%). Um sinal de confiança por parte da direção.
As nossas previsões de lucros por ação para 2018 e 2019 são, respetivamente, 2,7 e 2,8 euros.
Cotação à data da análise: 40,53 euros