A queda dos lucros da Navigator para 0,29 euros por ação veio em linha com o esperado. Lucra com a subida dos preços da pasta, mas faltam fatores que impulsionem o crescimento. Manter.
As vendas do ano 2017 (+3,8% face ao ano de 2016) saíram em linha com a nossa estimativa. A margem EBITDA+ (24,7%; -0,5% face a 2016) foi contudo inferior devido a custos superiores ao esperado, nomeadamente com pessoal (gastos com fundo de pensões).
Para 2018 esperamos uma melhoria do resultado líquido, com o aumento da produção e a evolução favorável dos preços da pasta e papel.
A Navigator comprou proteção cambial para a totalidade das vendas esperadas em dólares para 2018, neutralizando o risco da desvalorização do dólar (contudo, também não irá beneficiar caso a tendência se inverta).
Esperamos um lucro por ação de 0,35 euros em 2018, e para 2019 estimamos 0,34 euros por ação. Avaliamos a empresa como correta, estando próxima de barata. Contudo, com a evolução do tissue condicionada pela forte concorrência e com a venda do negócio de pellets (que consideramos ainda assim uma boa decisão), faltam drivers de crescimento à Navigator, que neste momento está muito dependente dos preços do papel e pasta.
O capital libertado pelo desinvestimento nas pellets (só contabilizado em 2018) será certamente reinvestido, pois a administração afastou o pagamento de um dividendo extraordinário, mas ainda não há nada no horizonte.
Cotação à data da análise: 4,24 euros