Os resultados dececionantes do 4.º trimestre de 2017 fizeram cair a cotação. A Exxon tem meios para dar a volta à situação, mas é uma ação para investidores pacientes, que querem limitar o risco. Comprar.
O lucro por ação de 0,87 dólares sem elementos excecionais ficou abaixo da nossa estimativa (0,92) e do consenso do mercado (1 dólar). O motivo para este subdesempenho: a queda de 3% da produção de hidrocarbonetos, que impediu a empresa de aproveitar plenamente a recuperação dos preços do petróleo, cerca de 25% no período.
Esta não é a primeira vez que a Exxon vem anunciar níveis de produção abaixo do esperado. Consciente do problema, vai investir 50 mil milhões de dólares nos próximos 5 anos para expandir a sua produção de petróleo de xisto, nomeadamente nos estados do Texas e Novo México. Vai investir também no Brasil, em Moçambique e ao largo da Guiana.
Estes resultados confirmam que a Exxon não é uma ação de elevado crescimento, mesmo quando o preço do petróleo está em alta. Mas, com as qualidades do grupo (solidez, gestão prudente), esta ação merece estar presente numa carteira a longo prazo que não assume riscos elevados.
A correção da cotação ofereceu um ponto de entrada a preço mais baixo. As estimativas de lucro por ação para 2018 e 2019 ficam inalteradas, em 3,85 e 4,2 dólares, respetivamente. Esperamos contudo que o dividendo bruto aumente para 3,1 dólares por ação, no mínimo, dada a solidez do grupo.
Cotação à data da análise: 76,07 dólares