Abbott
As compras de St Jude Medical e Alere impulsiona-ram o crescimento das vendas em 42% no quarto trimestre (7,7% em base comparável). Todas as divisões de negócio participaram deste bom resultado, exceto a Nutrição, penalizada pelo difícil contexto na China. Apesar do crescimento positivo, um encargo relacionado com a reforma fiscal nos EUA, empurrou os resultados para o vermelho no quarto trimestre. Por outro lado, as recentes aquisições terão um impacto negativo superior ao esperado nos ganhos de 2018, que revimos em baixa. Vender.
ArcelorMittal
A ArcelorMittal comunicou resultados que superaram ligeiramente as nossas estimativas. As principais razões que motivaram estes bons resultados foram o aumento no volume de entregas de aço e o preço de venda. Esta combinação de fatores, em conjunto com a redução de custos de produção do aço, levam a que seja possível distribuir novamente dividendos aos acionistas (0,10 euros). A conjuntura favorável dos principais mercados deverá suportar o bom desempenho durante 2018. Mantenha.
Corning
As ações da Corning foram objeto de algumas tomadas de mais-valias, após a comunicação de perspetivas um pouco dececionantes para o ano de 2018. Após um aumento de 11% em base comparável no ano de 2017, o lucro por ação será afetado este ano por investimentos elevados que a Corning teve de incorrer para aumentar a sua capacidade de produção, que estava em ponto de saturação. Reduzimos as nossas previsões de lucros para 2018 e 2019, mas a perspetiva de longo prazo continua favorável. Consideramos que ainda não é o momento de encaixar mais-valias. Mantenha.
Daimler
2017 foi um novo ano recorde, marcado pelo aumento das vendas em todas as divisões. A divisão automóvel, que representa 58% do volume de negócios, beneficiou do aumento da procura por SUV urbanos e da boa aceitação do mercado ao Classe E. Relativamente aos veículos pesados de mercadorias, a Daimler excedeu as estimativas iniciais. O dividendo de 3,65 euros por ação corresponde a um aumento de 12% em relação a 2016. Para este ano, o grupo é mais prudente, tendo em conta os seus investimentos em novas tecnologias (veículos elétricos e autónomos), mas ainda assim prevê uma melhoria de resultados. A ação recuperou nas últimas semanas e ainda tem alguma margem para subir mais. Mantenha o título em carteira.
Diageo
Excluindo ganhos não recorrentes, a Diageo divulgou resultados semestrais em linha com as estimativas. O crescimento das vendas (4,2% orgânico) foi impulsionado principalmente pelas vendas de bebidas espirituosas na Europa e na Turquia. O grupo também pode felicitar-se pelos progressos realizados na implementação do seu plano de redução de custos, o que permitiu uma melhoria no lucro operacional em mais de 6%. O suficiente para permitir que a administração confirme os seus objetivos no curto e médio prazo. Mantemos as nossas estimativas. Embora a cotação já tenha aumentado acentuadamente nos últimos 18 meses, o potencial de apreciação não está totalmente esgotado. Mantenha a ação em carteira.
Sage
O ritmo de crescimento do volume de negócios (+6,3%) da Sage no primeiro trimestre de 2017-2018 surpreendeu negativamente os acionistas que tinham visto com bons olhos a progressão de +6,7% em conjunto para todo o período de 2016-2017. O grupo completou a sua transformação de negócio, ou seja, a aposta em software através da modalidade de assinatura, em detrimento da modalidade de aluguer, e esperamos ver os efeitos desta medida nos resultados: evolução no número de clientes, na rentabilidade... A concorrência continua a ser forte. Mantenha.
Vodafone
A Vodafone está em conversações com a Liberty Global para adquirir alguns ativos do gigante americano na Europa continental. Uma noticia que permitiu que a cotação da ação recuperasse parte do terreno perdido após a publicação de um ponto sobre a atividade referente ao terceiro trimestre de 2017/18 que foi mitigada. Apesar do aumento da concorrência em alguns mercados, como Espanha, Itália e Índia, a Vodafone confirma o seu objetivo para o lucro operacional de 2017/18, com uma perspetiva de subida em 10% em base comparável. Comprar.
Análise à data de 08/02/2018