O quarto trimestre ficou no vermelho, devido a custos não recorrentes ligados à participação no Banco de Fomento Angola (BFA).Por isso, o lucro anual ficou abaixo do que esperávamos. Manter.
Depois de ter alcançado um significativo crescimento dos resultados no terceiro trimestre, e apesar da boa evolução da sua atividade em Portugal, o BPI foi penalizado por custos não recorrentes que colocaram o quarto trimestre no vermelho com prejuízos de 0,011 euros por ação.
No conjunto de 2017, o lucro por ação (0,007 euros) ficou pouco acima da linha de água mas muito abaixo da nossa previsão de 0,10 euros. Em causa, no quarto trimestre, estiveram custos não recorrentes devido à participação de 48,1% no BFA, decorrentes da classificação de Angola como economia de elevada inflação (23% em 2017) e cujo efeito do reconhecimento contabilístico desta participação teve um impacto negativo no resultado do período.
Positiva foi a redução de 5,3% dos custos de estrutura no conjunto do ano (excluindo não recorrentes), com os custos de pessoal a diminuírem 8%. Assim, o BPI já atingiu o seu objetivo de sinergias (poupança de custos) de 120 milhões de euros que tinha definido até 2020. Este ano não deverá haver qualquer distribuição de dividendo relativo ao ano 2017.
Para 2018, incluindo as mais-valias a realizar com a venda já acordada de subsidiárias ao seu acionista CaixaBank, prevemos lucros por ação de 0,24 euros. Em 2019, prevemos 0,22 euros.
Cotação à data da análise: 1,29 euros