A rentabilidade da ação em 2017, incluindo o dividendo, chegou aos +25,6% o que é praticamente o triplo de +9,7% da bolsa europeia. O dividendo é mais um argumento a favor. Comprar.
Os esforços da Engie para recuperar estão a dar resultado, sobretudo devido à venda de ativos e à redução de custos, o que é essencial para melhorar o cash-flow e financiar novos investimentos. Isso permite uma redução da dívida e dos encargos financeiros. Veja-se a recente venda de atividades de GNL (gás natural liquefeito) à Total (manter) por 1,4 mil milhões de euros.
Numa perspetiva mais alargada, a estratégia prosseguida visa tornar o grupo francês menos dependente de atividades muito sazonais. Esta transformação permitirá gerar uma rentabilidade menos volátil, reduzindo assim o risco de surpresas desagradáveis nos lucros e, consequentemente, no dividendo. No que diz respeito ao dividendo referente ao exercício de 2017, a Engie confirmou que pretende pagar um total de 0,7 euros por ação, o que é mais baixo face ao de 2016, que foi de 1 euro.
Para 2018 e 2019, a nossa previsão é que não existam alterações no dividendo. No entanto, a redução da dívida poderá abrir a porta a um aumento limitado do dividendo em 2019 (0,8 euros é possível) se o ambiente económico continuar favorável.
Por enquanto, mantemos uma posição conservadora no montante a distribuir. Esta ação é interessante para o investidor que procura um rendimento regular na sua carteira de ações.
Cotação à data da análise: 14,56 euros