O setor de internet (+36,1%) liderou as subidas do último ano (medidas em euros) e os semicondutores ganharam 23,6%.
A meio da tabela, a banca europeia valorizou 10,3%, embora continue a ser penalizada pelo nível baixo das taxas de juro.
O setor automóvel (+10,1%) beneficiou do maior dinamismo do mercado europeu.
Nas descidas, realçamos o setor de petróleo e gás (-8,4%) e as telecomunicações (-7,7%). Veja as empresas que merecem o conselho de compra, em cada um dos setores em evidência no último ano.
AUTOMÓVEL
Comprar: BMW
Os construtores bateram recordes de vendas ao longo de 2017. À exceção dos EUA e do Reino Unido, todos os grandes mercados cresceram no ano passado e os fabricantes europeus registaram mesmo resultados recorde. Mas, devido ao Brexit e outros desafios que o setor enfrenta no horizonte, o otimismo deve ser refreado.
BANCA (EUROPA)
Comprar: UBS
Os bancos europeus prosseguiram a recuperação iniciada ainda em 2016. A rentabilidade recuperou, pouco a pouco e trimestre após trimestre, graças à poupança de custos, como sucedeu no BNP Paribas ou no BCP. E à recentragem nas suas atividades principais, como fez o Barclays.
FARMACÊUTICO
Setor sem ações atrativas de compra.
Apesar da conjuntura difícil, com pressão sobre os preços, forte concorrência dos genéricos e entre laboratórios, o setor beneficiou da melhoria da regulamentação do mercado chinês que favoreceu a venda de medicamentos estrangeiros. O aumento da população e o envelhecimento ajudam.
INTERNET
Setor sem ações atrativas de compra.
2017 foi mais um ano florescente para o setor de internet graças às excelentes performances registadas pela Alphabet (Google) e Facebook. Os dois gigantes de Silicon Valley reforçaram o seu domínio no mercado da publicidade online. Mas o mercado duvida da capacidade do setor para manter taxas de crescimento tão elevadas.
MATÉRIAS PRIMAS
Comprar: Rio Tinto
A cotação de matérias-primas como o cobre, o zinco ou o níquel fecharam o ano bem acima dos níveis de 2016. O crescimento da economia mundial permitiu uma progressão da procura acima do esperado. Mas o preço da maior parte das matérias-primas poderá marcar passo em 2018.
PETRÓLEO E GÁS
Comprar: Chevron, Exxon Mobil, Galp Energia e Repsol
Enfrentando um ano difícil, o setor do petróleo e gás fechou 2017 no vermelho mas ainda acima do nível de início de 2016. O setor é muito dependente do preço do barril de petróleo, que evoluiu em baixa durante o primeiro semestre e em alta no segundo.
SEMICONDUTORES
Comprar: INTEL
Os semicondutores alcançaram em 2017 uma das maiores valorizações de todos os setores. A procura por chips eletrónicos é forte e vem de diferentes setores como o automóvel (carros autónomos), indústria (automação), eletrónica de consumo (objetos conectados) e informática (inteligência artificial).
TELECOMUNICAÇÕES
Comprar: Telefónica, Telefônica Brasil e Vodafone
O ano 2017 não foi favorável às tele-comunicações e o setor recuou 7,7%, penalizado pela queda de cerca de 15,6% da americana AT&T. Mas o setor gera elevada liquidez e paga dividendos generosos. O rendimento bruto do dividendo é de 4,5% em média.