A subida do petróleo dá margem de manobra para investir no crescimento. As boas perspetivas já estão refletidas na cotação, mas o rendimento do dividendo permanece atrativo. Pode manter.
O aumento do preço do barril de petróleo para perto de 65 dólares permite que as companhias petrolíferas sejam mais dinâmicas em termos de investimentos. A Total não é exceção, ajudada também pela diminuição da dívida e dos inerentes custos financeiros.
Na indústria petroquímica, a Total investiu 300 milhões de dólares na sua fábrica coreana para aumentar a produção de polímeros (base do plástico) destinados aos dinâmicos mercados chinês e coreano (embalagens, tubos para gás, etc.). Também adquiriu os ativos de gás liquefeito da Engie para fortalecer a posição no mercado norte-americano e gerar sinergias com os seus próprios ativos.
A aquisição em curso dos ativos petrolíferos da dinamarquesa Maersk Oil também leva a adaptações, pelo que a Total irá ceder diversas das suas participações nos campos de petróleo no Mar do Norte à norueguesa Statoil.
Mantemos inalteradas as previsões de lucros por ação: 4 euros para 2018 e 4,4 euros para 2019. Para o ano em curso, esperamos 3,6 euros.
O aumento do barril de petróleo nos últimos meses impulsionou a cotação da Total, que ganhou 9,7% desde o mínimo do ano (+13% incluindo os dividendos reinvestidos). A curto prazo, a margem de valorização é agora mais limitada. Mantenha.